Onde nada mais existe tu consegues encontrar-me.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tempo

O dia passa tão depressa a teu lado que nem tenho qualquer noção do quão giram os ponteiros do relógio. É tudo tão rápido e vem com uma força inimaginável na tentativa de nos separar. É como se um dia apenas tivesse um beijo teu.
Hoje o tempo levou-nos os corpos húmidos do suor do nosso amor, levou-nos o tempo em que se juntaram sem nunca mais se quererem separar.
Foste tocando a minha pele com a tua enquanto percorrias com a tua mão o meu corpo... Dando tudo o que o tempo precisava para correr, e ele correu. Correu e nunca mais o vi. Foi como relâmpago em plena planície aberta que se dissipara com a nossa visão.
O teu toque na minha pele provocou algo vivo em mim. Foi como se o quisesse viver para sempre. O teu corpo tocou suavemente o meu enquanto os teus braços me envolviam num aperto profundo de sentimentos e emoções. Longe de ti sou frágil e sensível como vento, mas ali, nos teus braços, senti o calor que me encheu o coração e fez de mim forte, senti-me protegida no teu abraço. O teu beijo soou como melodia e as tuas carícias, que percorriam o meu corpo, foram como palavras de amor ouvidas de dentro do teu coração.
E ali ficamos, pedindo ao tempo que parasse.


Sem comentários:

Enviar um comentário