Onde nada mais existe tu consegues encontrar-me.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Olhar


Páginas da vida foram passadas sem poder saber que se podiam ler. Passaram longe sem as conseguir apanhar e longe de uns olhos que se poderiam ter enchido de curiosidades. Histórias de momentos foram escritos em pensamentos sem saberem que estavam a preencher um livro de memórias que mais tarde seria recordado. Mas esses olhos estavam cegos de palavras, onde nenhuma frase parecia preencher as falhas que se faziam notar. Olhos que não queriam ver o quanto de bom as palavras faziam à sua alma, o quão necessárias eram para voltar a sentir-se completos.
Mas as palavras chegam a ser mais forte que todas os esforços para manter a visão delas longe. Letras que nos chamam com um fervor incontrolável.

Os meus olhos têm vontade de se abrir para novas leituras. Hoje voltei a querer ler como lia antes, voltei a querer olhar os meus livros de uma maneira diferente.

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